sábado, 27 de agosto de 2011

Rastros de agosto

você me voltou no fim de agosto, esse mês de gosto azedo e travessia caiofernandiana:
há que ter paciência e fé, ele disse. voltou em meio a outras angústias, dessas poucas que não levam o carimbo do seu nome nas entrelinhas: como-amo-essas-angústias-que-não-te-pertencem. detesto sentir seu cheiro em quase tudo o que vivi depois do seu pescoço. quero encontrar dores que não são suas, marcas que você não me fez, segredos que não te contei. quero esquecer nossos planos, enterrar nossos futuros, ouvir nossa música (sim, temos músicas) sem pesar (só-que-ainda-pesa).
difícil seguir sozinha o caminho traçado a torto por duas mãos canhotas, mas chove, a terra renova e o dia é lindo pra germinar.

Nenhum comentário: