sábado, 15 de dezembro de 2012

Ah se

não você como se fosse tarde - como se não fosse sempre - como se perdesse tempo

não você como se fosse nuvem, como se já não fosse novembro, como se o mundo nunca acabasse

não você, como se vivesse pra sempre, como se não fosse raro, como se morresse de medo

não quero você, como se escorregasse, como se não fosse touro, como se abrir fechasse

ah, você como se fosse faca, o corte preciso da minha armadura

e em algumas noites, você como um escoteiro, o nó cego

da minha ternura

dias e outros, como se fosse uísque, remédio certeiro

pra qualquer cintura

como se nunca fosse fraca,

bem como quem faz da saudade que não morre a presença

de um corpo inteiro

não você como se fosse metade,

como se estivesse longe,

como se isso já não estivesse dado;

eu ainda te vejo como se queimasse

o tempo voa como as crianças

e na calçada bate a bola como quem também espera:

passe a passe,

traço a traço,

face a face

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Tristezas são belezas apagadas

"... belezas são coisas acesas por dentro, tristezas são belezas apagadas"