segunda-feira, 25 de maio de 2009

Parto

Escrever é excitante, mas o Conto de foda não tem a pretensão de ser tão erótico quanto uma foda bem narrada. Auto-afirmação é o princípio da decepção.

Exatamente por isso nunca gostei de textos que se autodenominam “humor”; já são lidos com a expectativa do riso e fica-se à espera da piada idealizada, que nunca chega. Aí, então, o texto que teria até algum potencial político ou literário, vira uma grande merda.
Portanto a idéia, a princípio, é nenhuma. Ou melhor, a idéia é não ter nada pré concebido e escrever. Escrever sobre a foda nossa de cada dia – seja ela qual for.

Aproveitemos ao máximo os múltiplos significados de “foda”, que pode ser expressada em momentos de prazer, indignação, raiva, admiração e tédio. Além dos clássicos momentos onde ”tá foda” é a única solução.

Apresentações são sempre torturantes e artificiais, mas fica aí a idéia vaga sobre a pouca idéia que se tem:

Contos de fodas não deve ser composto só de contos, nem só de fodas, muito menos só de contos fodas. Na verdade, essa é a válvula de escape de alguém que tem a alma transbordante de alma. Alma feita de esponja, que absorve o que quer e o que não quer, e que acaba por não caber mais em si. E ela não quer caber. Porque o que é perfeitamente cabível não nos convence mais.

Tainá.

2 comentários:

Inamovível disse...

Foda vai ser o prazer de chegar aqui todo dia na expectativa de ler sempre algo novo,pelo buraco da fechadura! Bjs.

João Mello disse...

Já aqui acompanhando cada conto.
Muito sucesso pra vc no blog e muuuita inspiração!
Com certeza muitas boas fodas estão por vir.