Escrever é excitante, mas o Conto de foda não tem a pretensão de ser tão erótico quanto uma foda bem narrada. Auto-afirmação é o princípio da decepção.
Exatamente por isso nunca gostei de textos que se autodenominam “humor”; já são lidos com a expectativa do riso e fica-se à espera da piada idealizada, que nunca chega. Aí, então, o texto que teria até algum potencial político ou literário, vira uma grande merda.
Portanto a idéia, a princípio, é nenhuma. Ou melhor, a idéia é não ter nada pré concebido e escrever. Escrever sobre a foda nossa de cada dia – seja ela qual for.
Aproveitemos ao máximo os múltiplos significados de “foda”, que pode ser expressada em momentos de prazer, indignação, raiva, admiração e tédio. Além dos clássicos momentos onde ”tá foda” é a única solução.
Apresentações são sempre torturantes e artificiais, mas fica aí a idéia vaga sobre a pouca idéia que se tem:
Contos de fodas não deve ser composto só de contos, nem só de fodas, muito menos só de contos fodas. Na verdade, essa é a válvula de escape de alguém que tem a alma transbordante de alma. Alma feita de esponja, que absorve o que quer e o que não quer, e que acaba por não caber mais em si. E ela não quer caber. Porque o que é perfeitamente cabível não nos convence mais.
Tainá.
2 comentários:
Foda vai ser o prazer de chegar aqui todo dia na expectativa de ler sempre algo novo,pelo buraco da fechadura! Bjs.
Já aqui acompanhando cada conto.
Muito sucesso pra vc no blog e muuuita inspiração!
Com certeza muitas boas fodas estão por vir.
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