"E de repente eu estava gostando dele, num descomum, gostando ainda mais do que antes, com meu coração nos pés, por pisável; e dele o tempo todo eu tinha gostado. Amor que amei – daí então acreditei.
(...)
Um Diadorim só para mim. Tudo tem seus mistérios. Eu não sabia. Mas, com minha mente, eu abraçava com meu corpo aquele Diadorim-que não era de verdade. Não
era?
(...)
Diadorim deixou de ser nome, virou sentimento meu
(...)
Aquilo me transformava, me fazia crescer dum modo, que doía e prazia. Aquela hora, eu pudesse morrer, não me importava.
(...)
Abracei
Diadorim, como as asas de todos os pássaros.
(...)
(...)
:
amor é a gente querendo achar o que é da gente."
(Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas, trechos)
Um comentário:
amor é a gente querendo achar o que é da gente.
cacete.
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