... e quando fecha a tranca, na fuga do barulho que a cidade grita por todos os cantos carros vendedores ambulantes ambulâncias ambivalências que piscam no asfalto, não cala o suspiro que faz sua boca, dormindo em mim.
Ela é linda enquanto dorme e - silêncio - olha só como acorda agora e sorri, desconfiada, assim que ouve o elogio.
Eu cá comigo mal consigo dormir com sua boca aqui dentro, mas tampouco se estivesse fora; ela toda me desperta.
Olho de novo: é incrível como vocês se parecem. Não, ela é você inteira, essa boca, em metonímia. E olha os lábios, como são bonitos. (é a expressão harmônica dos contrários: tão vermelhos, mas delicados. macios, mas precisos, firmes. o sorriso não extrapola e aparece tímido, mas delator)
Boca, sempre achei curioso o tom de cor que vocês têm. Por vezes, tenho a absoluta certeza de que não poderia ser outro, de jeito nenhum. Imagine só bocas azuis, quem sabe cinzas ou alaranjadas.
Não, não, bocas têm a cor que precisam.
E a textura, há que se falar da textura: é mesmo incrível que o corpo tenha dito: "osso aqui não, mas almofadas".
aiai, tudo parece num lugar tão certo quando se fala delas...; o que afinal faz sua boca dentro da minha cabeça?
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Que sejam mais tristes, pelo bem dos maus
um bom poeta ruim
não vale nada
até encontrar
um leitor doído
coração na ratoeira
lê poesia
de segunda
feira
e gosta.
faça um favor pro poema:
machuque um pouquinho
essa geleira, sim?
não vale nada
até encontrar
um leitor doído
coração na ratoeira
lê poesia
de segunda
feira
e gosta.
faça um favor pro poema:
machuque um pouquinho
essa geleira, sim?
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Quando o poema fala
conversas mal coaguladas
pulsam na palma da mão
palavras transparentes
transplantadas
ainda quentes
sangram
a palidez do papel:
vida nova em folha
desenha segredos
com letras de forma
pulsam na palma da mão
palavras transparentes
transplantadas
ainda quentes
sangram
a palidez do papel:
vida nova em folha
desenha segredos
com letras de forma
domingo, 9 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Das dificuldades da doçura - Parte I
_ Sinto sua falta, vez ou outra.
_ Recíproco.
_ Ah é? Por quê?
_ ... Porque você é uma boa companhia e diz coisas nas quais fico pensando quando você vai embora.
_ Entendo. Sendo assim, posso te indicar alguns livros que produzem o mesmo efeito e param de falar de maneira mais fácil.
_ Recíproco.
_ Ah é? Por quê?
_ ... Porque você é uma boa companhia e diz coisas nas quais fico pensando quando você vai embora.
_ Entendo. Sendo assim, posso te indicar alguns livros que produzem o mesmo efeito e param de falar de maneira mais fácil.
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